JOHN STUART MILL nasceu no dia 20 de maio de 1806 na cidade de Londres, capital da Inglaterra. Morreu no dia oito de maio de 1873 na cidade de Avinhão na França. O pai James Mill, um filósofo, incumbiu-se da educação dele. Mas traçou um plano de estudo tão pesado, que afetou profundamente a vida do filho. Ao entrar na idade adulta e perceber que o regime disciplinar paterno lhe era prejudicial, transformou completamente o modo de vida. Jovem ainda, escreveu o livro “A História de Roma”, com base nos diversos autores gregos e romanos que já conhecia.
Com 20 anos partiu para a França a fim de completar a educação formal. Ao mesmo tempo tomou conhecimento dos costumes do país, defrontando-se especialmente com o utilitarismo filosófico. O entusiasmo dele por essa corrente doutrinária foi tão grande que ao voltar para a Inglaterra fundou e manteve a Sociedade Utilitária. A iniciação jornalística a seguir se deu com a publicação de artigos nos jornais e revistas londrinos. Na literatura filosófica começou em 1843 com a publicação do livro “Sistema de Lógica Dedutiva”. As ideias dele combatiam o livre arbítrio e procuravam fazer da lógica uma ciência de caráter formal. Na política ligou-se ao Partido Liberal, chegando a ser eleito deputado. Embora ferrenho individualista, pediu muitas vezes ao estado a intervenção na defesa dos mais fracos, especialmente das mulheres.
Principais livros
1843 | Sistema de Lógica Dedutiva | |
1848 | Princípios de Economia Política | |
1859 | A Liberdade | |
1861 | Utilitarismo | |
1869 | Sujeição das Mulheres |
Bertrand Russell
BERTRAND ARTHUR WILLIAM RUSSELL nasceu no dia 18 de maio de 1872 na cidade de Ravenscroft, País de Gales, Reino Unido. Morreu no dia dois de fevereiro de 1970 na cidade de Penrhyndeudraeth. Filósofo, sociólogo e matemático. Estudou no Colégio Trinity na cidade de Cambridge na Inglaterra, onde também lecionou entre 1910 e 1916. Foi despojado do cargo por causa da sua ideologia pacifista durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1918 esteve preso por ter escrito um libelo contra a guerra. Lecionou filosofia na Universidade Pequim na China entre 1920 e 1921. Mais tarde, transferiu-se para os Estados Unidos, onde lecionou lógica e matemática na Universidade da Califórnia.
Mais à frente ainda, conseguiu o cargo de professor de filosofia no Colégio Central da cidade de Nova York. Entretanto, a contratação dele acabou revogada por causa dos ideais sociológicos que manifestava em suas obras. Assim, foi para o Estado da Pensilvânia, onde lecionou na Fundação Barnes. Voltou para a Inglaterra em 1944 para assumir o cargo de diretor-assistente no Colégio Trinity de Cambridge. Na atividade filosófica, publicou diversas obras de relevância mundial, dentre as quais se destacam a “Caminhos Para a Liberdade” de 1918, a “Introdução à Filosofia Matemática” de 1919 e a “Porque Eu Não Sou Cristão” de 1957. Pelo trabalho literário desenvolvido, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1950.
JOHN LOCKE nasceu no dia 29 de agosto de 1632, na cidade de Wrington, Condado de Somerset, Inglaterra. Morreu no dia 28 de outubro de 1704, na cidade de Harlow. Descendia de comerciantes puritanos e liberais. Em 1646, entrou na Escola de Westminster, onde estudou clássicos, hebreus e árabes. Encaminhou-se depois para Oxford, onde permaneceu de 1652 a 1658. Os estudos o conduziram à carreira religiosa. Mas, mais tarde, resolveu se dedicar à medicina.
Como médico particular de um importante nobre, mudou-se para a cidade de Londres. Na capital, passou a participar da vida política do país. Em 1668, tornou-se membro da Sociedade Real. Em seguida, foi secretário do Conselho de Comércio e de Plantações. Trabalhou também na elaboração de uma constituição para a colônia americana da Carolina. Na França, onde tratou da saúde entre 1675 e 1679, aprofundou os estudos filosóficos. Ao voltar para a Inglaterra, encontrou um ambiente convulsionado pelas paixões políticas. Assim, seguiu para a Holanda, onde ficou até 1689.
Nesse período, escreveu o “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” e começou a redigir os “Dois Tratados Sobre o Governo”, obras publicadas em 1690. Depois do fim da Revolução Gloriosa, pôde finalmente voltar à Inglaterra. Passou, então, a ocupar diversos cargos administrativos. A obra política e filosófica do Locke combateu as teses da teocracia anglicana. A obra “Dois Tratados Sobre o Governo” é, em parte, uma réplica a obras de defesa do poder divino dos reis. Ainda na esfera política, combateu o inatismo e procurou demonstrar que o estado de sociedade nasce de um pacto entre os homens. A obra do filósofo estabeleceu as bases teóricas da democracia liberal. As ideias dele inspiraram os autores da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, na Revolução Francesa, e, a seguir, a Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Hume
DAVID HUME nasceu no dia sete de maio de 1711 e morreu no dia 25 de agosto de 1776 na cidade de Edimburgo, Escócia, Reino Unido. Filósofo e historiador. Concluídos os estudos preparatórios, ingressou logo após atingir a maioridade na Faculdade de Direito da Universidade de Edimburgo. Com a morte do pai, viu-se obrigado a abandonar o curso para tentar a vida na cidade de Boston nos Estados Unidos. Em seguida, mudou-se para a cidade de Reims e, logo após, para a cidade de Fléche, ambas na França. Nesta última, estreou na filosofia em 1739 ao publicar o “Tratado da Natureza Humana”. Na obra, expôs todo o sistema filosófico que defendia. Em 1742, apareceu o “Ensaio Sobre a Moral e a Política”.
Nesse livro, ele se definiu como escritor. De regresso à cidade natal, exerceu funções ligadas ao ensino. Depois, funcionou como secretário dos embaixadores britânicos na Áustria e na Itália. Escreveu em 1752 o “Inquérito Sobre os Princípios da Moral”. Neste mesmo ano, tornou-se bibliotecário da associação dos advogados de Edimburgo. Como historiador, publicou o “A História da Inglaterra”, no qual expôs fatos ocorridos até 1688. Esse livro foi muito bem recebido pelo público, o que lhe conferiu status de celebridade e uma fortuna considerável. Essa fama o levou em 1767 ao cargo de secretário da embaixada britânica em Paris na França. Na filosofia, adquiriu renome universal como criador do fenomenismo, doutrina que limita o campo do conhecimento à ocorrência dos fenômenos.
THOMAS HOBBES nasceu no dia 05 de abril de 1588, na cidade de Malmesbury, Condado de Wilt, Inglaterra. Morreu no dia 04 de dezembro de 1679, na cidade de Hardwick Hall. O pai, um vigário inculto e violento, tinha tantos atritos com ele que fez um dos tios a se encarregar da sua educação. Com esse tio, estudou os clássicos. Com apenas catorze anos, traduziu a obra “Medeia”, do grego Eurípedes. Com quinze anos, ingressou na Universidade de Oxford, onde aprendeu escolástica e filosofia. Formado, tornou-se, como a maioria dos homens cultos da época, preceptor de jovens nobres.
Com o Lorde Hardwick, um dos seus alunos, fez longa viagem pela França e pela Itália. Em 1637, voltou à Inglaterra. Mas, por causa da ebulição política entre os puritanos e os presbiterianos, voltou ao exílio voluntário. Nos próximos onze anos, ensinou matemática ao futuro rei da Inglaterra, Carlos II. Paralelamente, dedicou grande parte do tempo à redação da sua obra máxima, “Leviatã”. A publicação do livro na França desagradou profundamente a Igreja Católica. Voltou, então, para sua pátria. Em 1660, com a restauração, sua situação melhorou. Passou a receber uma pensão do rei Carlos II, o que lhe possibilitou intensa atividade intelectual.
Mesmo com o apoio do rei, absorveu a ira da Câmara dos Comuns. Os deputados aprovaram uma comissão para investigar os seus escritos, ditos “ateus”. Por essa razão, dedicou-se, nos últimos anos de vida, à versão para o latim das epopeias “Ilíada” e “Odisseia”, do poeta grego Homero. O sistema filosófico concebido por ele compunha-se de três partes. Na primeira, tratou dos corpos materiais do mundo, que incluía os estudos de mecânica e geometria. Na segunda, estudou fisiologia e psicologia. Na terceira parte, investigou o mais complexo de todos os corpos, o corpo “artificial”, também denominado “sociedade” ou “Estado”. Essa incursão fez dele uma referência para o pensamento ocidental. Ele concebeu a política como uma ciência que precisa ser fundamentada em noções exatas.
Leviatã
O título da maior obra do Thomas Hobbes reporta-se a um monstro marinho citado na Bíblia. Mas, no frontispício da primeira edição, o leviatã é representado por um gigante coroado. O corpo da figura está formado por milhares de homenzinhos. Com a mão direita, o gigante segura uma espada sobre um campo e uma cidade. Essa espada simboliza o poder temporal. Na mão esquerda, ostenta um báculo episcopal, símbolo do poder espiritual. No decorrer do livro, é construída uma estrutura da gênese do poder, pelo qual o homem ansiaria durante toda a vida. Ainda que a teoria sobre a origem e a manutenção do poder justificassem o absolutismo, no “Leviatã”, o filósofo também explicita as condições para a dissolução de um Estado. Essa dissolução aconteceria quando desaparecesse a “autoridade absoluta”.
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