madness in1MADNESS
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Eles estão juntos desde 1976. Já gravaram dez álbuns, são da Inglaterra e até ao seu nome atual tiveram dois outros: Mike and the Minors e Invaders. Mesmo com a fama crescente, nenhum dos trabalhos deles havia sido lançado no Brasil até 1986. Somente naquele ano, a RCA decidiu distribuir no país o quinto trabalho Mad Not Mad, gravado em 1985. Formado por Lee Thompson no sax e Chris Foreman na guitarra, a base do grupo conta ainda com Mark Bedford no baixo, Daniel Woodgate na percussão e Graham “Suggs” McPherson no vocal. O resultado final é um som bastante próprio, com sotaque de ska e reggae (gêneros de origem jamaicana), cheio de irreverência, bom humor e inteligência.

madness in2Essa irreverência dançante, sempre sutil, pode ser notada ao longo de todos os discos, especialmente na faixa Uncle Sam, do álbum Mad Not Mad, um belo exemplo de integração de melodia e texto. O refrão diz que eles “velejam” através do oceano para estarem com “Tio Sam”. E de que maneira a música ilustra este recurso e brinca com o ouvinte? Muito simples: parafraseando o tema do mais conhecido marinheiro americano, o simpático Popeye. Quem não se lembra da música do marinheiro, com seu cachimbo fazendo as vezes de apito? Há na mesma música outra citação importante. Desta vez, a Richard Wagner e sua Cavalgada das Valquírias, que o diretor Francis Ford Coppola popularizou no filme Apocalipse Now, na famosa cena dos helicópteros (veja o vídeo, abaixo). 

Este som aparece meio camuflado, tocado por trompas, que executam o tema, enquanto eletrônica e percussão cuidam de imitar o barulho dos helicópteros. Mas não é só. Para conhecer bem o grupo, é preciso ouvir, do mesmo disco, a balada Yesterday´s Men, em que a citação desta vez é a do Bolero, de Maurice Ravel, que surge instigante e misterioso no finalzinho da música. Depois de Mad Not Mad, de 1986, o grupo lançou The Madness (1988), Wonderful (1999), The Dangermen Sessions (2005) e The Liberty of Norton Folgate (2009).

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