ronaldo-batista-pinto in118 de outubro de 2012
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A Promotoria de Justiça de Ribeirão Preto ajuizou ação civil pública para impedir que a Prefeitura da cidade realize no município rodeios ou quaisquer provas da mesma espécie que impliquem em uso de sedéns, cordas e congêneres, que provoquem maus tratos nos animais. Na ação, o promotor de Justiça Ronaldo Batista Pinto fundamenta que diversos laudos e estudos técnico-científicos demonstraram que o uso de sedéns e esporas em provas de montaria provocam severos danos nos animais, além de dor e sofrimento.

O promotor alega que ficou comprovado, pelos mesmos estudos, que várias provas realizadas nos rodeios impõem crueldade contra os animais com destaque para a modalidade “calf roping” em que bezerros com 40 dias de vida são lançados e tracionados no sentido contrário ao que correm e na sequência são erguidos pelos peões e atirados violentamente ao solo com três patas amarradas por meio de movimentos bruscos, causando sérias  lesões em suas colunas e até a morte dos animais. Ainda de acordo com a ação, os organizadores dos eventos tentam legitimar os rodeios com o argumento segundo os quais os eventos movimentam a economia local, representando sustento de milhares de famílias.

A Promotoria  de Justiça contesta esse argumento com os dados oficiais dos eventos que destacam os shows musicais como o verdadeiro captador do grande público para as festas. A ação não envolve provas de hipismo, leilões, exposições, demonstrações de adestramento, e provas de três tambores e team penning, por não terem sido colhidos indícios de que sejam danosas. O promotor enfatizou que a “ação não busca quaisquer restrições a leilões ou exposições de animais, provas de equitação ou hipismo”. A Promotoria pede a concessão de medida liminar para que não seja permitida a realização de rodeios e quaisquer congêneres na cidade, nos termos da Norma Técnica Especial, a qual disciplina a questão, sob pena de multa de 100 salários mínimos, em caso de descumprimento.

 

 



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