Tasso
TORQUATO TASSO nasceu no dia onze de março de 1544 na cidade de Sorrento na Província de Nápoles na Itália. Morreu no dia 25 de abril de 1595 na cidade de Roma. Filho de nobres, estava destinado inicialmente para a carreira jurídica. Mas resolveu redirecionar os objetivos em 1575 ao decidir escrever os primeiros poemas. Nesse período, no qual não teve ocupação fixa, escreveu aquela considerada a sua obra-prima, o poema “A Jerusalém Libertada”. Mas assaltado por escrúpulos de ordem estética e religiosa, demorou a decidir pela publicação da obra. A publicação original se deu apenas em 1581.
No poema, ele descreve os combates imaginários entre cristãos e muçulmanos no fim da Primeira Cruzada durante o cerco a Jerusalém de 1099. A obra é composta por oito cantos de extensão variável. Ele tomou de empréstimo diversos caracteres do poema “Orlando Furioso” do italiano Ariosto e se inspirou em elementos das obras do italiano Virgílio (“Eneida”) e do grego Homero (“Ilíada”). Por essa época já dava mostras de uma doença mental que o acompanharia até o final da vida. No total na carreira são nove livros. O “A Jerusalém Libertada” foi seis vezes adaptado para o cinema e a televisão. Morreu em 1595 poucos dias antes de o papa Clemente VIII nomeá-lo “rei dos poetas italianos”.
Referência
CRUZADA é um termo utilizado para designar os movimentos militares de inspiração cristã que partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa e à cidade de Jerusalém com o objetivo de conquistá-las, ocupá-las e mantê-las. Estes movimentos aconteceram entre os Séculos 11 e 13, época em que a Palestina estava sob o controle do Sultanato de Rum. No Oriente Médio, as cruzadas foram chamadas de “invasões francas”, já que os povos locais viam esses movimentos armados como invasões. O termo “cruzada” não era conhecido no tempo histórico em que ocorreu. Na época eram usadas outras expressões como “peregrinação” e “guerra santa”. O termo surgiu depois porque os participantes se consideravam soldados do Jesus Cristo.
Poliziano
ANGELO AMBROGINI POLIZIANO nasceu no dia 14 de julho de 1454 na cidade de Montepulciano, Região da Toscana, Itália. Sofreu um baque na pré-adolescência ao perder o pai, um jurista assassinado por causa de intrigas políticas. Em decorrência das dificuldades financeiras decorrentes do fato, teve de se mudar para casa de parentes na cidade de Florença. Nesta cidade, capital da cultura italiana na época, recebeu educação que incluiu a língua latina e o grego. Com 16 anos, começou a tradução dos livros do poema Ilíada em hexâmetros latinos. Também traduziu diversas obras de outros autores famosos gregos como o filósofo Platão e o historiador Heródoto.
A erudição clássica do Poliziano atraiu a atenção da poderosa família Médici, governante de Florença. Serviu à família como tutor dos filhos dela e também como secretário privado a partir de 1473. A poesia tardia, incluindo a “La Giostra”, glorifica os patronos. A partir de 1489, começou a dar aulas de literatura grega e latina. Alguns dos alunos dele foram o artista plástico Michelangelo Buonarroti, o erudito alemão Johannes Reuchlin e os humanistas ingleses Thomas Linacre e William Grocyn. Faleceu em Florença no ano de 1494. Em 2007, o corpo foi exumado da Basílica de São Marcos em Florença. Especialistas das universidades de Bolonha, Pisa e Lecce constataram que ele morreu envenenado por arsênico, contrariando as versões que afirmavam que a morte tinha sido por sífilis.
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13/10/2016 — O escritor e dramaturgo italiano Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura de 1997, morreu, aos 90 anos, anunciou o governo italiano. Ele estava internado num hospital de Milão devido a problemas respiratórios. Escritor e também ator, ganhou notoriedade internacional em 1969 com o livro “O Mistério Bufo”, uma epopeia dos oprimidos, inspirada na cultura medieval.
É também o autor do “Morte Acidental de um Anarquista”, obra também aclamada internacionalmente. Nascido no dia 24 de março de 1926, na cidade de Sangiano, Lombardia, o autor italiano escreveu mais de uma centena de obras teatrais. Durante a sua vida também esteve bastante envolvido com o ativismo político em seu país. Em 2013, por causa da indefinição política, foi indicado para concorrer à presidência da república. No total na carreira escreu mais de cinquenta livros. Alguns deles foram adaptados para o cinema e a televisão.
Principais obras
1953 — O Dedo No Olho
1962 — Teatro Cômico
1969 — O Mistério Bufo
1970 — Companheiros Sem Censura
1970 — Morte Acidental de Um Anarquista
1972 — Fedayeen
1973 — Companheiros Sem Censura 2
1974 — Baladas e Canções
1979 — A História de Um Soldado
1980 — Tiger e Outras Histórias
1982 — Fabuloso Obsceno
1987 — Manual do Ator Mínimo
1989 — Diário da Eva
1990 — O Fim do Mundo
1998 — O Diabo Com Seios
1999 — A Verdadeira História de Ravena
2001 — A Ascensão do Alexandre, o Grande
2004 — O Templo dos Homens Livres
2007 — Jesus e as Mulheres
2008 — A Revelação Adiada
2009 — Uma Vida Súbita
2010 — A Bíblia dos Camponeses
2012 — Picasso Nu
2014 — A Filha do Papa
2015 — Há Um Rei Louco Na Dinamarca
PÚBLIO OVÍDIO NASO nasceu no dia 20 de março do ano 43 a.C., na cidade de Sulmona, Província de Áquila, República Romana. Morreu em dia e mês incertos do ano de 17 d.C., na cidade de Tomis (atual Constança), Romênia. Nascido no seio de uma família rica, começou a estudar ciências jurídicas, mas abandonou a escola para se dedicar totalmente à poesia. Embora tenha se casado três vezes, dedicou os seus primeiros versos a Corina, pseudônimo que encobria a identidade da Júlia, filha do imperador Otávio Augusto, com a qual jamais se uniu formalmente.
Gozava de grande prestígio na corte imperial. Mas, inesperadamente, um decreto do imperador o condenou ao exílio na cidade de Tomis, situada às margens do Mar Negro. O pretexto para a punição foi a publicação da obra “A Arte de Amar”. Mas, de acordo com numerosos historiadores, ele teria sido banido devido às relações amorosas com a filha do imperador. Depois de muitos pedidos de clemência, o imperador Augusto esteve inclinado a atendê-lo. Mas com a morte deste e a ascensão do Tibério Cláudio Nero, perdeu totalmente a esperança de indulto. Morreu depois de dez anos de desterro.
Entre as obras que chegaram ao Século XX, incluem-se poemas eróticos e mitológicos, elegias, uma sátira e fragmentos de um poema didático. Na obra “Amores”, editada em cinco livros entre os anos 22 e 15 a.C., estão alguns dos maiores poemas eróticos romanos. Da mesma época está a obra “Heroides”. São 21 cartas em versos elegíacos atribuídos a heroínas mitológicas. Também em versos elegíacos está a obra “A Arte de Amar”. Nesse poema didático, o poeta expõe em três livros a estratégia para a conquista amorosa. Da obra “Fastos”, poema mitológico, escrito originalmente em doze livros, restaram apenas seis. Eles tratam de festas, cultos populares e superstições dos romanos. Na obra “Metamorfoses”, o poeta narra histórias mitológicas. Por ter morado muito tempo na região, é, na atualidade, considerado um poeta romeno.
VITALIANO BRANCATI Nasceu no dia 24 de julho de 1907, na cidade de Pachino, Província de Siracusa, Sicília, Itália. Morreu no dia 25 de setembro de 1954, na cidade de Turim. Aos treze anos de idade, mudou-se com a família para a Catânia. Em 1922, filiou-se ao Partido Nacional Fascista e, em 1929, formou-se em literatura. Logo depois, mudou-se para Roma, onde começou a carreira de jornalista. No início, também escreveu poemas claramente inspirados no regime fascista, trabalhos que mais tarde repudiou. Suas primeiras incursões pelo romance inspiraram-se na pequena burguesia da Sicília, sua terra natal. Além de descrever, dedicou-se ao ensino até 1941.
No mesmo ano, publicou aquele que viria a ser o seu primeiro livro de sucesso: “Don Giovanni Na Sicília”, um retrato vibrante e bem-humorado do temperamento dos sicilianos. Em abril de 1987, a editora Nova Fronteira lançou, no Brasil, “O Belo Antônio”, considerada a sua obra-prima. Trata-se da tragédia de um homem que, numa terra de belas mulheres como a Sicília, é disputado por todas elas e não consegue ficar com nenhuma porque é impotente. O personagem ainda tem de aguentar os desaforos dos amigos, os quais exercem uma saudável e constante galinhagem. O autor também conta com sarcasmo a realidade política da época (1949). O livro virou filme em 1960 pelas mãos do cineasta Mauro Borgomini. O belo Antonio é vivido pelo ator Marcello Mastroianni.
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