Alfonso X
Nasceu no dia 23 de novembro de 1221, na cidade de Toledo. Morreu no dia 4 de abril de 1284, na cidade de Sevilha.
Herdou o trono dos pais, Fernando III e Dona Beatriz de Suábia. Ainda como infante (aspirante ao trono), já contava com importante experiência política e militar. Nesta condição, conquistou o reino da Múrcia, entre 1243 e 1246. Participou também das conquistas de Jaen, em 1246, e Sevilha, em 1248. Como rei, foi guerreiro e estrategista. Elaborou e colocou em prática medidas internas nas áreas da Economia e do Direito. Externamente, trabalhou, inclusive, com a tentativa de tomada de Granada, para se tornar imperador de toda a Espanha.
A alcunha de “o sábio” decorreu do grande incentivo que deu às atividades culturais, principalmente as literárias. Escreveu 430 poemas em galego, dedicados a relatar os milagres de Nossa Senhora (“As Cantigas de Santa Maria”). Foi autor também de obras jurídicas, como Las Partidas, código editado provavelmente em Sevilha, no qual procurou uma sistematização do direito. O valor jurídico desta obra é muito importante, na medida em que se trata da única do gênero então existente na Europa.
Escreveu também sobre astronomia. Seu livro Los Libros Del Saber de Astronomia, porém, é mais importante pelo valor literário do que científico. Já as Tablas Alfonsies referem-se aos eclipses e suas datas. A sua obra fundamental, todavia, é a inacabada Crónica Geral, iniciada em 1272 e admirada tanto por sua concepção histórica quanto por seu valor literário. Também enveredou pelo lirismo: seus poemas Par Deus Senhor, Non Me Posso Pagar Tanto e O Genete estão relacionados na antologia da lírica medieval galego-portuguesa Fremosos Cantares, lançada em 2009 por Lênia Márcia Mongelli (Editora Martins Fontes, páginas 30, 236 e 240). Em sua homenagem, o escultor José Alcoyero y Amorós esculpiu uma magnífica estátua, que está instalada na entrada da Biblioteca Nacional da Espanha, em Madri.