getuliovargas in1Estado Novo foi anunciado pelo presidente Getúlio Vargas no dia 10 de novembro de 1937, no Rio de Janeiro, através de uma cadeia de rádio. Iniciava-se um período de ditadura na História do Brasil. Alegando a existência de um plano comunista para a tomada do poder (Plano Cohen) o presidente fechou o Congresso Nacional e impôs ao país uma nova Constituição, que ficaria conhecida depois como “Polaca” por se ter inspirado na Constituição da Polônia, de tendência fascista. O golpe de Getúlio Vargas foi articulado junto com os militares e contou com o apoio de grande parcela da sociedade, pois desde o final de 1935 o governo havia reforçado sua propaganda anticomunista, amedrontando a classe média.

A partir de novembro de 1937, Vargas impôs a censura aos meios de comunicação, reprimiu a atividade política, perseguiu e prendeu inimigos políticos, adotou medidas econômicas nacionalizantes e deu continuidade a sua política trabalhista com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. O principal acontecimento na política externa foi o desenvolvimento da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), responsável pela grande contradição do governo Vargas, que dependia economicamente dos Estados Unidos e possuía uma política semelhante à alemã. A derrota do nazifascismo contribuiu decisivamente para o fim do Estado Novo.

Em 1939, foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), inicialmente sob a direção do jornalista Lourival Fontes. As funções do departamento, conforme a própria cartilha interna dizia, eram centralizar, coordenar, orientar e superintender a propaganda nacional, interna ou externa, fazer a censura do teatro, do cinema, de funções recreativas e esportivas, da radiodifusão, da literatura e da imprensa, promover, organizar, patrocinar ou auxiliar manifestações cívicas ou exposições demonstrativas das atividades do governo.

Para enviar aos jornais as notícias sobre os atos do governo, criou-se uma subdivisão do DIP, a Agência Nacional, que fornecia cerca de 60% das matérias publicadas na imprensa, destacando a organização do Estado e os valores nacionalistas. O DIP foi uma das estruturas fundamentais para a manutenção da ditadura varguista, sendo que a propaganda desenvolvida pelo órgão foi responsável por difundir a imagem do progresso e do desenvolvimento associados diretamente à figura o presidente. A valorização da imagem do líder é uma das características dos regimes fascistas, assim como dos governantes populistas.

 

 



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