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Categoria: Filósofos Britânicos
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JEREMY BENTHAM nasceu no dia 15 de fevereiro de 1748 e morreu no dia 6 de junho de 1832 na cidade de Londres, InglaterraFoi também jurista e economista. Extremamente precoce, afirma-se que aos três anos já lia obras do porte de “A História da Inglaterra”, de Paul de Rapin. Estudou no Queens College e no Lincoln Inn, onde se bacharelou em direito. Não chegou, todavia, a advogar: dedicou-se logo à elaboração de um sistema de jurisprudência e à codificação e reforma da lei penal e civil. Escreveu muito contra as inúmeras incoerências legais que observara ainda na fase de estudante.

O primeiro livro dele — “Fragmento Sobre o Governo” —, de 1776, é uma refutação aos “Comentários” de William Blackstone, na qual ataca o engrandecimento que este jurista faz da constituição inglesa. Em 1787, visitando o irmão que era engenheiro naval na Rússia, escreveu “Defesa da Usura”, seu primeiro ensaio econômico, no qual defende os princípios de Adam Smith sobre a liberdade do indivíduo numa sociedade capitalista. Mas foi com “Uma Introdução aos Princípios de Moral e Legislação”, de 1789, que realmente chamou a atenção dos seus contemporâneos, por sua exposição em torno do “utilitarismo”. Em 1792, com a morte do pai, herdou uma grande fortuna, o que lhe assegurou absoluta independência de pensamento.

As teorias no campo das reformas penitenciárias, expostas em “O Panóptico”, foram aplicadas pela Comuna de Paris em 1792. Essa teoria chamada seria também aplicada nas fábricas e nas escolas. No tratado “Catecismo de Reforma Parlamentar”, de 1809, propôs reformas democráticas no sistema político inglês, defendendo as eleições anuais, o sufrágio universal e o voto secreto. Chegou a elaborar mais tarde um “Código Constitucional”, que ficou incompleto. Incompreendido no seu tempo, influenciou mais adiante os principais filósofos ingleses. Seus estudos tornaram-se famosos especialmente da década de 1970, quando autores como o francês Michel Foucault desenvolveram releituras de seus escritos para desenvolverem as suas próprias teorias. Antes, o russo Fiódor Dostoiévski, já havia se referido a ele no clássico “Crime e Castigo”.