Elizabetth Browning
030201

ELIZABETH BARRETT BROWNING nasceu no dia 06 de março de 1806, na cidade de Kelloe, Condado de Durham, Inglaterra, Reino Unido. Morreu no dia 29 de junho de 1861, na cidade de Florença, Itália. Passou os primeiros anos da sua vida na cidade de Hereford. Posteriormente, após uma derrocada financeira do pai, transferiu-se para a cidade de Londres. Aos 16 anos, sofreu um acidente, o qual lhe prejudicou a espinha. A saúde precária e a austeridade paterna a levaram para uma vida reclusa. Passou grande parte da juventude estudando e traduzindo clássicos, enquando escevia poemas.

O primeiro poema foi publicado em 1820. A qualidade do escrito lhe valeu a atenção e a amizade de escritores conhecidos, como o William Wordsworth e o Walter Landor. Em 1844, publicou os dois livros do “Poemas”, o que lhe deu mais notoriedade ainda. No ano seguinte, após breve correspondência, veio a conhecer o poeta Robert Browning, com quem, em razão da contrariedade do pai, iria se casar secretamente em 1846. Transferiram-se, então, para Florença, na Itália, onde viveu o resto dos seus dias, acompanhada do marido e do filho, nascido em 1849. Em 1850, surgiu uma edição revista e aumentada dos “Poemas”, contendo os famosos “Sonetos da Portuguesa”.

O título não implica uma tradução, mas reflete um apelido dado a ela pelo marido (“a portuguesinha”). Os sonetos, dedicados ao esposo, são considerados os mais belos da língua inglesa, desde o William Shakespeare. Os problemas morais, sociais e políticos da época e a sua admiração pelo Napoelão III, da França, serviram se inspiração para a sua obra poética. O poema “Janelas da Casa Guidi”, de 1851, fala da sua reação diante da vida na Itália e da sua simpatia pelos objetivos do patriotismo italiano, tema também abordado no “Poemas Diante do Congresso”, de 1860. Em 1856, foi publicado o seu romance em versos “Aurora Leigh”. Postumamente, em 1862, foi lançado o “Últimos Poemas”.

Soneto 43
Tradução: Manuel Bandeira

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh'alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.


 

Penas da Bretanha

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