Mitos nórdicos
21/06/2013 — Está chegando às livrarias a obra “Ragnarök”, da autora britânica A. S. Byatt. O livro foi escrito por encomenda de uma editora para figurar numa coleção na qual autores contemporâneos fazem ficção sobre mitos antigos. Mas a inglesa não construiu propriamente uma obra de ficção. “O livro é uma habilidosa e encantatória misturas de memórias e ensaio”, definiu a crítica da revista VEJA. Nas primeiras páginas, aparece uma “criança magra”, que tinha três anos quando estourou a Segunda Guerra Mundial.
Como tantas outras na Inglaterra, foi mandada para o interior do país para fugir dos bombardeios. Essa menina pode ser identificada como a própria autora, nascida em 1936. Na nova casa no campo, a garota tem contato com um livro que a apresenta à mitologia nórdica, com seus deuses violentos — Odin, Frigg, Thor e Loki —, que pareciam prefigurar a realidade conflituosa da Europa nos anos de guerra. A autora relaciona os mitos não só ao seu tempo de infância, mas também às crises do mundo contemporâneo. A palavra que dá título ao livro (do islandês antigo) designa o fim do mundo dos deuses. A obra, editada pela Companhia das Letras, com tradução de Maria Luíza Newlands, tem 144 páginas e tem preço sugerido de R$ 34,00
A S Byatt
ANTONIA SUSAN DRABBLE nasceu no dia 24 de agosto de 1936, na cidade de Sheffield, Ingalterra. Foi educada em dois internatos independentes em York, para onde a família se mudou em decorrência dos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. O primeiro romance saiu em 1964. Até 2011, havia escrito outras 28 obras, tornando-se uma das autoras mais premiadas da literatura britânica. Dentre os romances escritos, destacam-se: “Posse: Um Romance” (1990), “Anjos e Insetos” (1992), “Torre de Babel” (1997), “Conto do Biógrafo” (2000) e o “Livro das Crianças” (2009). Ganhou o Book Prize em 1990 e em 2009. Em 1997, saiu no Brasil a narrativa “Histórias Com Matisse”, em que, tomando por base as telas do pintor francês, escreveu três peças curtas. Essas peças se cruzam um mesmo tema: os segredos sempre inesgotáveis da sexualidade feminina.
