03/04/2015 — Entre os papáveis do terceiro mundo, o brasileiro mais citado é o arcebispo de São Paulo, Cláudio Hummes. Aos 70 anos de idade, considerada “boa” para papa, o gaúcho é um moderado perfeitamente afinado com as linhas adotadas pelo João Paulo II. Condena a politização da liturgia, as interpretações livres do Evangelho, os métodos contraceptivos e o aborto (mesmo no caso de estupro) e prega o pleno resgate da mística católica. Além disso, fala cinco idiomas, entre elas o italiano, e goza de ótima imagem entre os cardeais da Cúria Romana (com a revista Veja).
CLÁUDIO HUMMES nasceu no dia 08 de agosto de 1934, na cidade de Montenegro, Rio Grande do Sul. Descendente de imigrantes alemães, ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1952. Nessa ordem, emitiu os primeiros votos em 1953 e professou solenemente em 1956. No dia 03 de agosto de 1958, foi ordenado presbítero. A partir daí, exerceu vários cargos na igreja do seu estado: professor de Filosofia no Seminário de Garibaldi (1963-1968), assessor de ecumenismo da CNBB (1965-1968), reitor da Faculdade de Filosofia de Viamão (1969-1972) e ministro provincial do Rio de Grande do Sul (1972-1975).
Em 1975, foi eleito bispo coadjutor da cidade de Santo André, São Paulo. Em 1996, foi nomeado arcebispo de Fortaleza. Em maio de 1998, tomou posse no arcebispado de São Paulo. Foi nomeado cardeal em 2001, passando a fazer parte da corte do papa João Paulo II. No ano seguinte, assumiu a função de prefeito da congregação para o clero. Exerceu o cargo até outubro de 2010, quando renunciou por causa do limite de idade. Continuou, porém, as suas ativiades pastorais como vigário geral da Arquidiocese de São Paulo e como membro da Pontifícia Comissão Para a América Latina.