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Categoria: Bandas
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ira1Ira!

IRA! começou as atividades em 1981, fruto da união entre o cantor Nasi Rodolfi e o guitarrista Edgard Scandurra. A eles se juntaram o baterista Fábio Scattone e o baixista Adilson Fajardo. Tendo o rock e o punk como base, o grupo passou, então, a fazer apresentações esparsas na cidade de São Paulo. Dois anos se passaram até o produtor Pena Schimidt descobrir os rapazes. Agora, o grupo já contava na bateria com o Charles Gavin e no baixo com o Dino Nascimento. Contratado pela gravadora Warner, o Ira! gravou o primeiro disco, o “Mudança de Comportamento”, em 1985. O disco, com onze faixas, tornou-se um grande sucesso, principalmente por causa da música “Núcleo Base”.

Núcleo Base” foi composta pelo Edgard Scandurra na época em que ele serviu ao exército. A letra representa um verdadeiro manifesto antialistamento militar. Além desta canção, destacaram-se a faixa-título, a balada “Tolices”, e os rocksLonge de Tudo” “Coração”. O disco vendeu sessenta mil cópias à época de seu lançamento. Ganhou a primeira edição em CD quinze anos depois em 2000. O segundo disco apareceu em 1986 com o título “Vivendo e Não Aprendendo”. É considerado pelo fãs o melhor trabalho do grupo e pelos críticos o melhor álbum nacional dos anos de 1980. Em 2007, depois de um grande sucesso popular, a banda anunciou o encerramento das atividades. Mas voltaria em 2014. No total, o Ira! gravou doze álbuns de estúdio, quatro álbuns ao vivo, onze coletâneas e cinco DVDs.

De acordo com os críticos, duas características faziam do Ira! um conjunto de personalidade marcante dentro do rock nacional. A primeira é que o quarteto paulista sabia dizer as coisas de maneiras simples e direta em forma de música. Fazia do estilo econômico e despojado a sua marca registrada. A segunda é que o grupo possuía o melhor estilista na guitarra da música pop brasileira: Edgar Scandurra. Aliás, sobre essas linhas mestras, se assentaram diversos trabalhos da banda. O destaque vai para o álbum “Clandestino”, lançado em 1990. Nunca o grupo foi tão direto. O trabalho, por sua vez, nunca esteve tão em função das ideias do guitarrista. Assim, ele desfila uma profusão de surpresas musicais ao longo das onze faixas do disco, todas de sua autoria. Na letras, o autor continuou falando de personagens urbanos e tecendo verdadeiras crônicas de rua.