Abimeleque

ABIMELEQUE foi um rei de Siquém, cidade Cananeia, mencionada nas Cartas de Amarna.  Era filho do Gideão, juiz de Israel, com uma concubina. Essa relação envolveu um casamento matrilinear, segundo o qual a esposa vive na casa dos pais e os filhos ficam pertencendo ao clã materno. Quando Gideão morreu, o Abimeleque quis se tornar rei, primeiramente através dos chefes do seu clã e, depois, por aclamação popular. Para consolidar a autoridade, mandou matar os setenta irmãos.

Apenas o Jotão sobreviveu ao massacre. Esse irmão se postou-se no Monte Gerizim com seguidores armados. Ele pronunciou a famosa fábula do rei-espinheiro, o qual não possuía capacidade para governar. Esta fábula também predizia a destruição do Abimeleque e dos súditos dele. Depois, Abimeleque destruiu a cidade de Siquém, após uma revolta do Gaal, que queria derrubá-lo do trono. Na batalha, o rei foi atingido por uma pedra de moinho atirada por uma mulher. Essa pedra causou ferimentos mortais na cabeça dele. Assim, pediu ao escudeiro para o matar. Ele não queria que soubessem que tinha sido morto por uma mulher.

Referências

SIQUÉM — Nome de uma cidade bíblica do Antigo Testamento. Foi lá onde o patriarca Abraão ergueu o primeiro altar quando chegou à Terra Prometida de Canaã, junto ao Carvalho de Moré.

CANANEIA — Denominação moderna de Canaã, região correspondente à área do atual Estado de Israel (inclusive as Colinas de Golã), da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, de parte da Jordânia, do Líbano e da Síria.

CARTAS DE AMARNA  — É a designação dada a um conjunto de tabuinhas em escrita cuneiforme encontradas na cidade de Amarna, uma das várias capitais do Antigo Egito. Essas cartas faziam parte do arquivo de correspondência do Egito com os reis vassalos e governadores da região de Canaã.

JIDEÃO — Juiz que libertou os filhos de Israel dos midianitas, os descendentes do Abrahão e da Quetura. Tinha ascendência na cidade de Siquém, motivo de combate entre os filhos Abileleque e Jotão. Tinha diversas esposas e com elas gerou setenta filhos.