Imprimir
Categoria: Ministério da Saúde
Acessos: 1581

artrite-reumatoide in112 de setembro de 2012
linha-gif

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (11/09/2012) que vai distribuir pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cinco novos medicamentos para artrite reumatoide: abatacepte, certolizumabe pegol, golimumabe, tocilizumabe e rituximabe. Atualmente, a rede pública oferece dez remédios para o tratamento da doença, em 15 diferentes apresentações. Destes, três são biológicos (adalimumabe, etanercepte, infliximabe), que atendem a cerca de 30.000 pessoas. As drogas diminuem a atividade da artrite reumatoide, previnem a ocorrência de danos irreversíveis nas articulações, aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida do paciente. 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, com a inclusão, os portadores da doença terão acesso a todos os medicamentos biológicos para a artrite disponíveis no mercado. A inclusão das novas drogas deve ampliar a oferta de tratamento para pacientes que não respondem aos remédios convencionais ou que apresentam intolerância às demais terapias. O governo gasta, em média, R$ 25 mil por ano com cada paciente que utiliza medicamentos biológicos. Com a medida, o custo do tratamento por paciente poderá cair para até R$ 13 mil por ano, graças às negociações feitas com os laboratórios fornecedores, segundo fontes do ministério.

 

O que são medicamentos biológicos?

 

A substância ativa de um medicamento biológico é feita por (ou derivada de) um organismo vivo, como uma bactéria ou uma levedura (um tipo de fungo unicelular). Ele pode ainda ser obtido de uma fonte biológica, como um tecido ou sangue, de onde são extraídos compostos que agem como medicamentos. Diferentemente de um remédio sintético, que é produzido por síntese química em processos controlados, o remédio biológico tem um processo bem mais complexo, que pode envolver etapas de recombinação genética. Seus efeitos colaterais podem ser graves e têm, geralmente, relação direta com o sistema imunológico, podendo levar a uma doença autoimune.

 

No Brasil, há vários biológicos em uso: insulina recombinante, interferon (diabetes), eritropoietina (anemia causada por falência renal), fatores de crescimento e anticorpos monoclonais (usados no tratamento de doenças autoimunes, no câncer e após um transplante). Vacinas e antissoros também são considerados biológicos. O remédio Avastin, um anticorpo monoclonal, é um dos remédios contra o câncer mais usados no mundo. Em 2011, o FDA (agência americana similar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retirou seu uso para casos de câncer de mama em estágio avançado, mas ele ainda é indicado para alguns tipos de câncer colorretal, pulmonar, renal e cerebral.