jared-diamond in1Jared Diamond
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JARED MASON DIAMOND nasceu no dia 10 de setembro de 1937, na cidade de Boston, Massachusetts, Estados Unidos.

Geógrafo, é um corajoso elaborador de teorias abrangentes para explicar o mundo. É filho de um pai médico e uma mãe professora, música e lingüista. Depois de cursar o ensino médio, obteve seu bacharelado na Universidade de Harvard, em 1958. Obteve o título de PhD em Fisiologia e Biofísica de membranas na Universidade de Cambridge, em 1961. Entre 1962 e 1966, retornou a Harvard como um assistente de pesquisas. Tornou-se professor de Fisiologia na Universidade da Califórnia (Ucla), em 1966. Entre seus vinte e trinta anos, também desenvolveu uma segunda carreira paralela em Ecologia, com estudos sobre a evolução dos pássaros da Nova Guiné. Para isso, fez diversas viagens de exploração na naquele país e nas ilhas vizinhas.

Em 1975, propôs uma importante teoria sobre a organização de comunidades ecológicas, as chamadas “regras de montagem” (do inglês, assembly rules). Depois dos 50 anos, gradualmente desenvolveu uma terceira carreira em História Ambiental, tornando-se professor de Geografia e Ciências de Saúde Ambiental na Universidade da Califórnia, onde se encontra atualmente. Fala uma dúzia de línguas. Seus livros se baseiam em campos tão diversos quanto biologia molecular, linguística e arqueologia, bem como conhecimentos pontuais sobre design de máquinas de escrever e o Japão feudal.

No best-seller Armas, Germes e Aço, recorre a uma montanha de conhecimentos dessas diversas disciplinas para demonstrar que fatores geográficos e ambientais — e não superioridade cultural — foram os responsáveis pelo domínio das sociedades europeias sobre os povos de outras partes do mundo. Em Colapso, lançado em 2005, no auge da discussão sobre as causas e os efeitos do aquecimento global, defendeu a ideia segundo a qual a principal razão para o declínio das civilizações é a degradação ambiental provocada ou acelerada pelo homem. Depois de teorizar sobre o que leva a humanidade ao sucesso e ao fracasso, em sua mais recente obra se põe a extrair do modo de vida de sociedades primitivas lições práticas para o mundo moderno.

jared-diamond in2Lançado nos Estados Unidos no final de 2012, O Mundo Até Ontem: O Que Podemos Aprender Com as Sociedades Tradicionais? aventura-se, a exemplo dos seus livros anteriores, por inúmeros campos de estudo. Nas mais de quinhentas páginas do livro, discorre sobre educação infantil, justiça, medicina, religião, linguística, gerontologia, segurança pessoal e comércio. Cita práticas ancestrais em cada uma dessas áreas e sugere que algumas podem ser úteis para o homem moderno. Ele conta, por exemplo, como os idosos continuavam apresentando função vital em algumas culturas, mesmo quando deixavam de ter condições físicas para caçar ou procriar. Isso, segundo ele, poderia servir de pista para o dilema do envelhecimento das populações contemporâneas.

O Homo sapiens existe há 200 mil anos, há 11 mil anos desenvolveu a agricultura e há apenas cinco mil anos formou as primeiras civilizações, com governo centralizado. Do ponto de vista evolutivo, portanto, a humanidade passou muito mais tempo sobrevivendo da caça e da coleta de frutos. Por isso, teoricamente, o homem está mais adaptado para viver como os povos primitivos, do que rodeados por alta tecnologia. “O estilo de vida tradicional foi o que nos moldou e nos fez ser o que somos hoje”, escreve ele. Boa parte dos exemplos do livro se refere às observações feitas pelo autor, principalmente nas pesquisas que realizou na Nova Guiné na década de 1960.

 

 



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