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Categoria: Filósofos Franceses
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CLAUDE-ADRIEN HELVÉTIUS nasceu no dia 26 de fevereiro de 1715, na cidade de Paris, França. Morreu, na mesma cidade, no dia 26 de dezembro de 1771. Filho de um médico do rei Luís XV, estudou com os jesuítas no Colégio Louis-le-Grand. Aos 23 anos, obteve o cargo de caseiro geral.

A boa renda lhe permitiu levar uma vida sem problemas, frequentando os meios literários e artísticos. Casando-se, foi para o campo, onde se dedicou à Literatura. Hesitou muito tempo antes de encontrar o gênero literário que lhe convinha, até apresentar sua obra filosófica Do Espírito. Sua obra é um testemunho das opiniões de seus contemporâneos, pelo menos daquelas que nenhum outro tinha coragem de confiar no papel impresso. Devido, sobretudo, ao seu anticlericalismo, o livro foi condenado por uma carta apostólica do papa Clemente XIII (janeiro de 1759) e queimado.

Ele resolveu, então, nada mais publicar. Em 1764, foi à Inglaterra e, no ano seguinte, à Prússia. A amizade do enciclopedista Jean D´Alembert lhe abriu as portas da Academia de Berlim. Passou o fim de sua vida em sua casa em Auteuil, recebendo apenas um grupo escolhido de amigos. Deixou diversas obras, as quais foram publicadas postumamente. Entre as quais, destacam-se Verdadeiro Sentido da Natureza e Do Homem, das Faculdades Intelectuais e de Sua Educação. Este foi condenado em 1773 pelo Parlamento de Paris e queimado pelas mãos de um carrasco. Impressionado pelas ideias de John Locke, pretendeu aplicar o empirismo às questões políticas e morais. 

Considerava que todas as ideias eram apenas afecções dos sentidos, não havendo qualquer faculdade especial de reflexão que fosse distinta da sensação. Essa fonte única de conhecimento servia de base para a doutrina ética e social, segundo a qual todos os homens seriam iguais e teriam as mesmas aspirações. Todos os comportamentos humanos seriam fundamentados no interesse — impulso para a obtenção do prazer e eliminação da dor. Através da educação, os homens deveriam ser levados a fazer com que seus interesses individuais coincidissem com os interesses coletivos, com a “saúde pública”. Mas, para isso, era indispensável combater os grandes obstáculos constituídos pelas superstições e preconceitos religiosos, fomentados pelo egoísmo da classe sacerdotal.