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Categoria: Escritores Russos
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Живаго

25/12/2017 — Publicado originalmente em 1957, fora da União Soviética, após ser banido pela censura do Partido Comunista, o livro “Doutor Jivago” continua sendo o maior e mais importante romance da Rússia pós-revolucionária. Nele, o Boris Pasternak traz à luz o drama e a imensidão da Revolução Russa pela história do médico e poeta Iúri Andréievitch Jivago. O personagem está em constante esforço para se colocar em consonância com os novos tempos. Em tempos em que a aspiração a uma vida normal é desprovida de qualquer esperança, o amor do Jivago pela Lara ganha contornos de um ato de resistência. A obra está saindo, agora, em nova edição no Brasil. O livro foi várias vezes adaptado para o cinema e a televisão.

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BORIS LEONIDOVITCH PASTERNAK
nasceu no dia 10 de fevereiro de 1890, na cidade de Moscou, Russia. Morreu no dia 31 de maio de 1960, na localidade de Peredelkino.
Filho de um pintor, estudou filosofia nas universidades de Moscou e de Marburg. Publicou suas primeiras poesias, de inspiração futurista, em 1912. Com a coletânea de versos Minha Irmã, a Vida, de 1922, adquiriu fama.

Em 1927, publicou dois livros de versos — O Tenente Schmidt e O Ano de 1905 —, ambos de inspiração social, a que se segue outra coletânea de poemas líricos — O Segundo Nascimento —, de 1931, que se faz notar por seu intimismo. Nessa mesma época, publicou uma autobiografia em prosa, denominado O Salvo Conduto. Discordando da orientação oficial a respeito do então chamado “realismo socialista”, não mais publicou versos a partir de 1935, com exceção de uma pequena coletânea — Nos Trens da Manhã — durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943.

Desenvolveu, então, grande atividade na tradução de poetas estrangeiros, georgianos contemporâneos e de peças de William ShakespeareEm 1975, conseguiu publicar na Itália o romance O Doutor Jivago. O romance não pôde ser editado na então União Soviética por retratar aspectos da Revolução Comunista sob um ângulo crítico, fundado num ponto de vista heterodoxo, mas profundamente religioso. Tal iniciativa lhe valeu muitas críticas em sua terra, que o levaram a se afastar ainda mais do meio literário. Em 1958, foi-lhe conferido o Prêmio Nobel de Literatura. No entanto, não pôde comparecer à sessão da Academia Sueca, em Estocolmo, para recebê-lo. O Doutor Jivago foi adaptado com muito sucesso para o cinema em 1965, tendo Omar Shariff, como Yuri, e Julie Christie, como Lara.