01/01/2025 — Nesta data todas as obras do poeta, escritor e dramaturgo Oswald de Andrade entraram em domínio público. Ou seja, serão gratuitas e de livre acesso, sem proteção por direitos autorais. O autor morreu em 1954. Com isso, as obras dele poderão ser reproduzidas livremente por qualquer cidadão, sem necessidade de quaisquer pagamentos aos respectivos herdeiros ou editoras. Isso ocorre devido ao artigo 41 da Lei de Direitos Autorais. De acordo com o dispositivo, os direitos autorais continuam valendo por setenta anos contados a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte ao da morte do autor. O Oswald de Andrade deixou escritos seis romances, sete livros de poesias e quatro peças teatrais. Todas eles poderão ser reprozidos livremente agora.
Oswald
JOSÉ OSWALD DE SOUSA ANDRADE nasceu no dia 11 de janeiro de 1890 e morreu no dia 22 de outubro de 1954, na cidade de São Paulo. Nascido no seio de uma família rica, estudou na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Em 1912, viajou para a Europa. Na cidade de Paris, França, entrou em contato com o movimento futurista e com a boemia estudantil. De volta à cidade de São Paulo, fez jornalismo literário.
Em 1917, defendeu a pintora Anita Malfatti duma crítica devastadora do Monteiro Lobato. Ao lado da artista plástica, do escritor Mário de Andrade e de outros intelectuais, organizou a Semana de Arte Moderna. Com a obra “Pau-Brasil”, lançada em 1925, juntou o nacionalismo às ideias estéticas do movimento modernista. Em 1926, casou-se com a pintora Tarsila do Amaral. Dois anos depois, radicalizou o movimento nativista lançando o “Manifesto Antropófago”, no qual propõe que o Brasil devore a cultura estrangeira e crie uma cultura revolucionária e própria.
Nessa época, rompeu com o amigo Mário de Andrade e se separou da Tarsila do Amaral. Na sequência, casou-se com a escritora e militante política Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu. De 1931 a 1945, militou no Partido Comunista Brasileiro. Em 1933, lançou o romance “Serafim Ponte Grande”. São dele, ainda, o romance “Memórias Sentimentais de João Miramar”, de 1924, e as peças “O Homem e o Cavalo” (1934) e “O Rei da Vela” (1937). É considerado pela crítica um dos maiores expoentes do modernismo brasileiro. Foi retratado como personagem pelo Flávio Galvão e pelo Antônio Fagundes nos filmes “O Homem do Pau-Brasil”, de 1982, e “Eternamente Pagu”, de 1987.