25 de setembro de 2012
Em ano de eleição para a presidência dos Estados Unidos, a temática política marcou presença no Emmy, a principal premiação da televisão americana. Dos três grandes destaques — cada um com quatro troféus, cinco para Modern Family —, dois têm forte teor político: Homeland, que fala de terrorismo, e Virada no Jogo (Game Change), um telefilme sobre a candidata a vice-presidente do rival de Barack Obama em 2008, a ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, interpertada com perfeição por Julianne Moore. A tensa relação entre Estados Unidos e Oriente Médio é o pano de fundo do drama psicológico Homeland, que levou quatro estatuetas, incluindo o prêmio de melhor série dramática. Claire Danes venceu como melhor atriz de drama e Damian Lewis como melhor ator de drama. A série, escrita originalmente pelo israelense Gideon Raff sob o título Hatufim, também foi eleita na categoria melhor roteiro dramático.
A ótima interpretação de Julianne Moore como Sarah Palin, candidata à vice-presidência dos Estados Unidos em 2008, rendeu quatro prêmios a Virada no Jogo (Game Change) — melhor telefilme ou minissérie, melhor atriz de telefilme ou minissérie, melhor direção de telefilme ou minissérie para Jay Roach (Austin Power) e melhor roteiro de minissérie ou telefilme para Danny Strong. A sempre bem cotada Mad Men sumiu na premiação deste ano, saindo sem nenhuma estatueta, depois de vencer na categoria melhor série dramática em 2008, 2009, 2010 e 2011 e faturar nada menos do que 15 troféus na premiação.
No terreno da comédia, o Emmy principal ficou com Modern Family, vencedora na categoria pelo terceiro ano consecutivo. A série ainda faturou os troféus de melhor direção de comédia para Steven Levitan, melhor atriz coadjuvante de comédia para Julie Bowen, e melhor ator coadjuvante de comédia para Eric Stonestreet. A série da promissora estreante Lana Dunham, Girls, e a bem-cotada New Girl, protagonizada por Zooey Deschanel, não foram premiadas nem uma vez. Veep, de Julia Louis-Dreyfus, que é uma das séries mais comentadas do ano, ganhou um único prêmio, justamente o de melhor atriz, para a sua protagonista.
Entre as surpresas, a premiação de melhor ator de comédia para Jon Cryer, o Alan Harper de Two and a Half Men, foi bem recebida por parte público. Já a torcida por Jim Parsons, de The Big Bang Theory, o favorito na categoria, chiou. Se vencesse este ano, Parsons igualaria o recorde de Michael J. Fox, vencedor como melhor ator de comédia por três anos seguidos com Caras e Caretas, na década de 1980. O comediante Louis C.K., que já havia sido indicado nove vezes para e só ganhado uma, levou dois troféus — melhor roteirista de comédia por Louie e melhor roteiro de variedades com o show de stand up Live at the Beacon Theater —, que ganharão lugar na prateleira de sua casa ao lado da estatueta conquistada em 1999, como roteirista de The Chris Rock Show.