fantasmadaopera p102 de maio de 2012
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Para comemorar os 25 anos de seu mais bem-sucedido espetáculo, o musical O Fantasma da Ópera, o produtor inglês Cameron Mackintosh organizou uma apresentação especial no Royal Albert Hall, em Londres, em outubro do ano passado. Foi uma montagem suntuosa e contou, ao final, com uma homenagem aos principais intérpretes masculinos ingleses ao longo desse quarto de século. A apresentação foi especialmente preparada para ser gravada por câmeras e o resultado pode ser visto agora em DVD e Blu-Ray, lançamentos da Universal, que também põe no mercado Loves Never Day, a não tão bem-sucedida continuação do Fantasma, que estreou em 2010. 

Havia muito o que comemorar. Afinal, nesses 25 anos, Fantasma já foi visto por mais de 130 milhões de pessoas em todo o mundo, em montagens que percorreram 145 cidades (inclusive São Paulo) de 27 países. Segundo cálculos ingleses, tal trajetória já rendeu cerca de US$ 5,6 bilhões em venda de ingressos, cifra superior à que qualquer superprodução do cinema (incluindo Titanic e Avatar) tenha arrecadado no planeta. Inspirado no romance de Gaston Leroux, o musical conta a história de um desfigurado e atormentado gênio da música que assombra as dependências da Ópera de Paris, no século 19, até se apaixonar pela corista Christine e decidir transformá-la em uma das maiores estrelas da ópera. Os problemas surgem quando ele encontra o namorado de infância de Christine, Raoul, por quem ela está apaixonada.

fantasmadaopera in1Criado pelo compositor inglês Andrew Lloyd Webber, o musical — que estreou no Her Majesty's Theatre, em Londres, em 9 de outubro de 1986 — tornou-se seu maior sucesso artístico e financeiro. E, apesar de criticada (para alguns, as canções têm apelo brega e as letras ostentam uma miséria sintática gritante), a trilha sonora é apontada como a conquista da maturidade musical de Webber, depois do sucesso com Cats. Afinal, trata-se da mais erudita realização do compositor. Para a montagem comemorativa, no entanto, foram necessárias diversas adaptações. A começar pelo palco: “O Albert Hall é como um salão e não um teatro tradicional, ou seja, com espaço mais reduzido”, conta o diretor Nick Morris, em depoimento que consta no extra do DVD. “Assim, alguns cenários foram substituídos por projeções”.

O elenco também foi ampliado, com quase 200 pessoas entre atores e músicos da orquestra. “O importante era manter o espírito mágico do Fantasma que tanto contagia as plateias do mundo todo”, observa Mackintosh, no mesmo documentário. Os papéis principais foram divididos entre Ramin Karimloo como o Fantasma e Sierra Boggess vivendo Christine. Na verdade, a opção básica foi pela opulência — como as três apresentações no Albert Hall foram transmitidas ao vivo para mil cinemas britânicos (e depois exibidas em outras 200 salas americanas e mais 200 europeias), Morris e Mackintosh preferiram um espetáculo menos soturno que o original graças a uma potente iluminação. Também carregaram na diversidade de cores dos figurinos.

O DVD já está nas lojas de todo o Brasil, com preço sugerido de R$ 29,90, assim como o Blu-Ray, com preço sugerido de R$ 59,90. Imperdível.

 

 



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