12/06/2019 — A TV Globo aprovou projeto de série sobre a vida e a obra da escritora Janete Clair, roteirista de grandes sucessos televisivos entre 1967 e 1983. A primeira novela escrita pela autora, a “Paixão Proibida”, nos 130 capítulos exibidos na então TV Tupi, lançou o ator Juca de Oliveira. A crítica especializada costuma colocar como o principal trabalho da novelista a “Irmãos Coragem”, com 327 capítulos exibidos na TV Globo entre 1970 e 1971. Tanto é que a trama foi readaptada em 1995, com 155 capítulos, pelo roteirista Dias Gomes, com quem foi casada. A dupla central da novela, no primeiro caso, foi o Tarcísio Meira e a Gloria Menezes. No total, na carreira, são trinta e sete créditos como roteirista.
Janete Clair
JANETE EMER DIAS GOMES nasceu no dia 25 de abril de 1925, na cidade de Conquista, Estado das Minas Gerais. Morreu no dia 16 de novembro de 1983, na cidade do Rio de Janeiro. Ainda criança, mudou-se com a família para a cidade de Franca, Estado de São Paulo, onde realizou os estudos primários e secundários. Terminado o colégio, mudou-se para São Paulo. Com dezoito anos, em 1943, conquistou a oportunidade de trabalhar como raio-atriz na Rádio Tupi. Começou aí o interesse pelas tramas noveleiras. No início dos anos de 1950, estimulada pelo marido, o dramaturgo Dias Gomes, passou a escrever radionovelas. Obteve muito sucesso com a “Perdão, Meu Filho”, levada ao ar em 1956 na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Na década de 1960, iniciou a produção para a televisão, com as novelas “O Acusador” e “Paixão Proibida”, ambas de 1967. Neste mesmo ano, recebeu a tarefa de alterar a trama da novela “Anastácia, A Mulher Sem Destino”, da TV Globo, para reduzir as despesas de produção. Inseriu na história um furacão que matou a metade das personagens e destruiu a maior parte dos cenários. Depois disso, assinou contrato exclusivo com a emissora carioca. Nos anos de 1970, escreveu as novelas de maior sucesso. Nesse período, passou a ser chamada de “maga das oito”, em vista dos grandes índices de audiência das tramas. Por causa da importância dela para a dramaturgia nacional, foi incluída, em 2000, por ocasião das comemorações dos quinhentos anos do descobrimento, na lista das quinhentas personalidades mais importantes da história do Brasil.