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Categoria: Alimentos
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Dicionário
da alimentação

acaça

AARU — Espécie de bolo que os índios nhambiquaras preparavam com um tatu assado numa grelha de paus (moquém). Depois, o bolo era triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca. Os nhambiquaras habitavam o oeste do Mato Grosso na fronteira com Rondônia entre os afluentes dos rios Juruena e Guaporé até as cabeceiras dos rios Ji-Paraná e Roosevelt.

ABARÁ — Pequeno bolo de feijão ralado sem casca, condimentado e cozinhado em banho-maria. Depois, é envolvido e finalizado em folhas de bananeira. Como escreveu o autor baiano Jorge Amado no romance “Gabriela, Cravo e Canela”: “Na pobre cozinha, Gabriela fabricava riqueza: acarajés de cobre, abarás de prata, o mistério do ouro do vatapá”.

ABATIAPÉ — Arroz encontrado em estado silvestre nas margens dos lagos amazônicos. Também conhecido como “arroz-bravo”. A literatura não faz referências ao produto, mas é provável que depois de apanhado, descascado e seco, servia de alimentação para os indígenas da região.

ABERÉM — Bolo de milho ralado na pedra, macerado em água, salgado e cozido envolto em folhas de bananeira. Originária do Estado da Bahia, a iguaria pode ser consumida como acompanhamento do caruru de quiabos, um prato condimentado com mel. No candomblé, é uma comida-de-santo, oferecida geralmente aos orixás Omolu e Oxumarê.

ACAÇÁ — Pequeno bolo feito de milho branco ou amarelo, ralado ou moído, cozido até se tornar gelatinoso e depois envolvido em folhas de bananeira. Como bebida refere-se a um refrigerante de fubá mimoso, de arroz ou milho fermentado em água açucarada. Por extensão, aquilo que refresca. São alimentos muito populares na Bahia por serem comidas rituais do candomblé. O bolo acaçá é uma oferenda que se dá aos orixás.